quinta-feira, 23 de outubro de 2008






ATÉ AS PEDRAS SABEM.......O QUE NÃO SABEMOS!
por: João Batista Sales Filho

Como é bom o amanhecer!
Os raios solares adentram em nossas vidas trazendo-nos luz.
As mais finas frestas em nossas paredes avisam:- eis que a luz chegou!
Apesar de muitos, sob a luz avassaladora do sol, que chegam a retinir com tanta luz sobre si, na presença de outros não se acham merecedores de tal claridade, recebem com indolência até mesmo, com insignificância os milhares de sorrisos e afetos कुए







recebem nas doze horas de luz, por vezes raios fortes, fracos, suaves.
Em uma caminhada de repente, param para reclamar de uma pedra caída no meio do caminho usando de impropérios, acusando de incompetência o causador daquele suposto ilícito.
Passamos por sobre a pedra e continuamos a caminhar, deixando em nosso intimo, toda a nossa indignação em razão daquela pedra no meio da estrada.
Prosseguimos a caminhada em busca de vitórias, em cada investida nossa em busca da vitória colhemos os “nãos” da vida.
O retorno é sempre ao cair da noite, que nos encontra já na estrada em nosso regresso para casa, envoltos em tristezas por não termos alcançado a nossa suposta vitória tão desejada e almejada naquelas doze horas que se antecederam.
Lá vamos nós, cabisbaixos, o ultimo verme das fezes do cavalo, nos achando indignos de qualquer graça divina.
Naquele momento nosso corpo começa a cambalear, em nosso interior intimo, chega ao final uma réstia de esperança.
Nosso corpo começa a trafegar naquela estrada escura atestando um retorno, sem a vitória nas mãos, indignamente profetizada por nós, coração condoído, criando um lampejo de auto-misericórdia, dando um sentido entorpecido ao desejo de autodestruição:- “Isso, vou dar cabo de minha vida!”, naquela escuridão sem ver nada, em uma estrada solitária, tropeçamos e caímos, no chão em meio à poeira, iniciamos um surto de lastimas:- porque tudo para mim é tão difícil?, serei tão indigno do amor de Deus?
Uma resposta vem de maneira suave :- Não, claro que não!, és tão digno quanto eu, ouvimos isso com a cabeça enterrada na poeira da estrada, exclamamos:- ah, tem alguém aqui comigo, me consolando, quem és?, onde estás?
A voz continua:- Sim, eu estou aqui! Eu sabia que teria a oportunidade de estar com você pelo menos mais uma vez.......incontinente retrucamos:- como assim, mais uma vez?, quem és?
:- eu sou essa pedra em que encostas o rosto desalentado, em sobressalto levantamos o rosto da pedra, que fala!
:- Oh, meu Deus!!, chegou o meu fim, estou a trocar palavras com uma pedra no meio do caminho, que triste fim!!
:- ledo engano homem, tu a pouco lastimasse, indagando ser indigno do amor de Deus, pois antes do seu desânimo ele já preparava tudo para te colocar em pé.
Então surge em nosso rosto, um lampejo de sorriso com o argumento: mas, uma pedra? , :-sim, a mesma pedra que quiseste crucificar a quem a tivesse deixado aqui a sua espera, para te consolar....................................eu sou aquela pedra, estava no caminho a sua espera para dizer o que ele mandou dizer te : “Não temas, nunca te deixei, jamais te abandonarei, apenas persevere!”.
Então, podemos nos levantar, sacudir a poeira e continuar a caminhar, e aprendermos a não soltar um “balido” sequer, pois até mesmo as pedras sabem, “ele é o nosso Senhor, ontem, hoje e sempre,
amèm !!!!!







João Batista Sales Filho
Rb. Acre Brasil. 23 outubro de 2008